Discutir questões de interesse público que envolvam, principalmente, decisões políticas, diferenciando política de politicagem e políticos de oportunistas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Carreata cidadã

                                                     J O G O   L I M P O
                                                                                              Jorge Solivellas Perelló
                                                                                              Escritor e Professsor-e-mail: jorge.solivellas@gmail.com

Os fatos
                A passeata política do dia 18 de fevereiro , em Sete Lagoas, resulta dum movimento que já vem de longe.
                O Grupo de Estudos Pastorais da Diocese de Sete Lagoas, Minas Gerais, composto por leigos comprometidos e sacerdotes engajados nas lutas da população local, regional e nacional, desde 2004 publica o livro sobre a Novena do Natal com reflexões sobre a vida atual da população.
                Em 2008 publicou o livro  Conselhos Pastorais: orientações práticas e, por ser o ano das eleições municipais, com o objetivo bem definido de orientar a população, iniciou a publicação, a base de historinhas em quadrinhos dos temas políticos:  O que é política; Importância das eleições municipais; o Papel do cidadão nas eleições municipais; Por uma eleições justa e livre; O perfil do bom candidato.
                O dia 05 de junho de 2008 A Cúria Diocesana de Sete Lagoas publicava e distribuía A CARTA DOS BISPOS DE MINAS GERAIS E ESPIRITO SANTO SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2008.
                A poucos meses das eleições o Gesps publicou duas cartas abertas e, em abril de 2009, uma  III Carta, cujo início informava:
“No final de 2008 lançamos duas cartas abertas, ambas direcionadas ao povo, ao executivo e legislativo  de Sete Lagoas. Era o primeiro toque, sobre a nossa condição de cidadania política, tendo em vistas a nova administração municipal para iniciar, no executivo e legislativo. Eram toques, de receio e esperança na construção de nova Sete Lagoas. Na primeira carta afirmamos, os eleitos são responsáveis por uma resposta urgente aos problemas que assolam o povo. Na segunda despontando o novo tempo somos todos convocados, como cidadãos, a (contribuir) a colaborar na construção política de nossa cidade e  sugerimos alguns critérios para escolha  de quatro secretarias e alguns orgãos, que julgavamos vitais ( desde a perspectiva da população). Eram dois sentimentos,  um de Esperança e outro de receio. Reafirmos a beleza da democracia ( participativa e responsável). Portanto, não basta ficarmos de expectadores nas arquibancadas do silêncio...”.
Esta III Carta atingiu a atual administração. O senhor secretário particular do Prefeito,dia 26 de abril de 2009, a noite do domingo que foi lida a carta nas igrejas, me acordou para comentar e pedir informações sobre o Gesps. Afirmei que o Grupo era aberto e tratava de estudos e pesquisas sócio-humanas. Solicitou sua participação. Respondi que consultaria o grupo e responderia. Combinamos uma reunião com o senhor secretário. Seria na Cúria, às 09 horas no dia 28 de abril. O secretário não se apresentou e até hoje não se justificou.
A PASSEATA CIDADÃ DO DIA 18 DE FEREREIRO AS 12h 15min na praça da Catedral resulta, de certo modo, um continuum do movimento cidadão da cidade que espera ser tratada com a dignidade que merecem as pessoas humanas.
            O movimento não é contra pessoas que, até podem ser vítimas, o movimento pretende engajar-se por mudanças justas e que sejam solidárias à população que sustentou sempre os governantes. O movimento espera animar e concentrar pessoas aliadas, sinceramente, aos movimentos populares e institucionais estabelecidos que existem para criar e manter nova cidade que passe do discurso para a prática política legal.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sete Lagoas vista do alto

Sete Lagoas vista do alto ou de um de seus pontos turísticos é uma das mais belas cidades do interior de Minas Gerais. De relevo relativamente plano, clima quente e porta de entrada para o cerrado, tem paisagens privilegiadas pela natureza. No entanto, quando vimos nossa cidade cidade de perto é impossível não sentir tristeza, desolação. Suas ruas, não só as periféricas, mas em pleno centro da cidade, estão esburacadas e sujas,  há mato e esgoto estourado em quase toda parte. Parece que o poder público mudou de cidade depois das eleições. Isso só falando na aparência, porque quando examinamos um pouquinho de perto o quadro da saúde e da educação a realidade é mais aterradora ainda. Quem já passou pela experiência de visitar algum parente ou amigo no hospital municipal ou tem crianças matriculadas nas escolas públicas compreende bem o quero dizer. Lamento muito o que vem acontecendo por aqui. Lamento mais ainda porque não tenho perspectivas de melhora, pois não vejo lideranças  confiáveis entre os que se dizem candidatos nos próximos pleitos.
Acorda Sete Lagoas!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hospital Fantasma

Nascida para o alto


A caminho com Maiakovski

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Na primeira noite,
eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim:
não dizemos nada.
Na segunda,
já não se escondem.
Pisam as flores,
matam o nosso cão
e não dizemos nada.
Até que um dia
o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
(Bertolt Brecht)